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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mal Humor? Egoismo? Você convive com pessoas difíceis de entender o que você fala? Aprenda aqui a lidar com elas!

As pessoas que você convive são difíceis de entender o que se fala?
Você fala uma coisa e elas entendem outra?
Ouvem somente o que estão pensando que você vai dizer?





Muitos ouvem o que querem ouvir, não o que o outro está tentando dizer.
OUVIR é essencial, saber ouvir uma necessidade cada vez maior neste mundo onde todos querem ser ouvidos! 

Há um ditado popular que diz termos dois ouvidos, e somente uma boca, pois devemos ouvir duas vezes mais do que falamos... 



Mas saber ouvir envolve a humildade, a humildade de captar o que a outra pessoa está dizendo para nós! 

E há que se ter humildade para poder entrar no universo do interlocutor, sem preconceitos, e absorver as suas palavras, recheadas dos seus sentimentos únicos, da sua vivência ímpar.
Fala-se tanto em diálogo, em problemas de comunicação, como se dialogar fosse apenas falar o que se pensa para o outro. 

Entretanto, para que haja um contato autêntico e produtivo dentro de uma relação, falar o que se pensa e acha não é suficiente.    

 É ter o respeito em se procurar entender o pensar de quem está a se expressar.
O silêncio inerente ao ouvir é sábio, nestes momentos.  
  
E o ouvir nasce do silêncio. É preciso quietude, introspecção, é preciso esvaziar a mente, para deixar entrar o que vem do outro. 

É não responder pelo outro.



Quem sabe o que o outro vai falar, não está ouvindo o outro e sim a si mesmo.

Ouvir é não discutir internamente o que está sendo falado. Ouvir é situar-se no lugar de quem está a falar.

É ter certeza que ouviu o que o outro tá falando, e não o que você pensa que ele vai falar.

Quem gosta de cortar o que o outro tá falando, tem a pretensão de ser adivinho. 

E quem é adivinho, acha que sabe tudo. 

Por isso, Saber ouvir é um ato de humildade. 




Mais uma vez, socorro-me do Mestre Artur da Távola e esse magnífico estudo sobre ouvir e saber ouvir. Leia abaixo.

O Difícil Facilitário do Verbo Ouvir
Artur da Távola

        Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massas como a interpessoal, é o de como o receptor, ou seja, o outro, ouve o que o emissor, ou seja, a pessoa, falou.

        Numa mesma cena de telenovela, notícia de telejornal ou num simples papo ou discussão, observo que a mesma frase permite diferentes níveis de entendimento.

        Na conversação dá-se o mesmo. Raras, raríssimas, são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo.

        Diante desse quadro venho desenvolvendo uma série de observações e como ando bastante entusiasmado com a formulação delas, divido-as com o competente leitorado que, por certo, me ajudará passando-me as pesquisas que tenha a respeito.

        Observe que:

        1) Em geral o receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que o outro não está dizendo.

        2) O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que quer ouvir.

        3) O receptor não ouve o que o outro fala. Ele ouve o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que se acostumou a ouvir.

        4) O receptor não ouve o que o outro fala. Ele ouve o que imagina que o outro ia falar.

        5) Numa discussão, em geral, os discutidores não ouvem o que o outro está falando. Eles ouvem quase que só o que estão pensando para dizer em seguida.

        6) O receptor não ouve o que o outro fala, Ele ouve o que gostaria ou de ouvir ou que o outro dissesse.

        7) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela ouve o que está sentindo.

        8) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela ouve o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando.

        9) A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ela retira da fala da outra apenas as partes que tenham a ver com ela e a emocionem, agradem ou molestem.

        10) A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ouve o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. Vale dizer, ela transforma o que a outra está falando em objeto de concordância ou discordância.

        11) A pessoa não ouve o que a outra está falando: ouve o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra.

        12) A pessoa não ouve o que a outra fala. Ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as idéias e pontos de vista que no momento a estejam influenciando ou tocando mais diretamente.

        Esses doze pontos mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil se comunicar! O que há, em geral, são monólogos simultâneos trocados à guisa de conversa, ou são monólogos paralelos, à guisa de diálogo. O próprio diálogo pode haver sem que, necessariamente, haja comunicação. Pode haver até um conhecimento a dois sem que necessariamente haja comunicação. Esta só se dá quando ambos os pólos ouvem-se, não, é claro, no sentido material de "escutar", mas no sentido de procurar compreender em sua extensão e profundidade o que o outro está dizendo.

        Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia.

        Ouvir implica uma entrega ao outro, uma diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.

        Não é só a inteligência a atrapalhar a plena audiência. Outros elementos perturbam o ato de ouvir. Um deles é o mecanismo de defesa.  

Há pessoas que se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente de se perderem a si mesmas. 

Elas precisam "não ouvir" porque "não ouvindo" livram-se da retificação dos próprios pontos de vista, da aceitação de realidades diferentes das próprias, de verdades idem, e assim por diante. Livram-se do novo, que é saúde, mas as apavora. 

Não é, pois, um sólido mecanismo de defesa.

        Ouvir é um grande desafio. Desafia de abertura interior; de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação dele como é e como pensa. Ouvir é proeza, ouvir é raridade. Ouvir é ato de sabedoria.

        Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas ou patentes em tudo aquilo que os outros estão dizendo a propósito de falar.

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